BBB12: Confinamento no hotel: Primeira prova do BBB

Longe das câmeras, participantes do reality-show já estão sendo testados e estudados, para que o que têm de melhor e de pior venha à tona na casa.

Renata Pinheiro – Veja Online

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Quem pensa que o mineiro João José Brígido Gomes Neto, o Netinho, saiu do Big Brother Brasil antes mesmo do jogo começar está enganado. O que aconteceu foi que Netinho não passou no que alguns ex-participantes chamam de primeira prova de resistência do reality: o confinamento no hotel.
A verdade é que o jogo já começou, mas, até o dia 10, vigiar os participantes da 12ª edição do BBB será privilégio de poucos. Basicamente, um privilégio de figurinistas, garçons, arrumadeiras e seguranças que são orientados a não trocar uma palavra sequer com os ilustres hóspedes. De preferência, nem trocar olhares. É esse o tempo em que, segundo o ex-BBB Marcelo Arantes, diretores e produtores estudam cada um dos selecionados e procuram trazer à tona o que têm de melhor e o de pior.
"O jogo começa no hotel", afirma o 'Dr. Marcelo', "Os personagens (como chama os participantes da casa) são construídos, moldados, ali, a partir de regalias concedidas a uns e negadas a outros", explica. "O quê e quem é bonito será valorizado como tal, e o quê e quem não é, também".

O diretor Boninho, que vez ou outra faz uma visitinha surpresa ao quarto dos participantes, costuma impressioná-los com algum gesto. "No meu caso, ele sempre perguntava se eu estava me sentindo bem, como se visse à sua frente alguém sofrido. Isso sugestiona qualquer um que esteja trancado em um quarto de hotel sem espelhos, sem referências, sem ter a quem pedir uma segunda opinião", conta, rindo da situação que, no passado, enfrentou sem a mesma facilidade.
Durante o confinamento no hotel, a rotina é ficar trancado em um quarto em um andar bem alto, sem TV, sem música, sem jornais ou revistas, sem se comunicar com outras pessoas (tampouco os futuros colegas da casa), com as janelas lacradas e, com alguma sorte, com vista para o mar, como foi o caso de Diana Balsini. "Eu me distraía comendo frutas enquanto olhava a vista", conta a participante do BBB11, que diz não ter sofrido muito com a detenção por saber se distrair consigo mesma. Diana confessa que não aguentaria mais cinco dias como aqueles. "Eles entram e saem do quarto sem olhar para a nossa cara. Entram, estudam você, saem. Decidem se você pode ter um livro, um MP3 com algumas músicas, mas tudo que te dão, tiram em seguida", declara, sobre sua experiência. "Algumas pessoas conseguem levar seus próprios títulos, mas a mim, que tinha selecionado Caio Fernando Abreu e Clarice Lispector, não deixaram", lamenta. Foi como Arantes disse: regalias concedidas a uns e negadas a outros, parte da psicologia que Boninho e equipe desenvolveram para transformar o programa na maior audiência da TV brasileira.
Diana e Arantes concordam que o confinamento é realmente o início do jogo, um trem fantasma, uma prova de resistência para poder seguir os três meses que vêm pela frente. E, de preferência, do jeito que a produção imagina agradar aos telespectadores. Nesses dias as 'gostosas' fiquem mais 'gostosas'; os intelectuais fiquem mais intelectuais; os esquisitos fiquem mais esquisitos; os mal humorados fiquem mais mal humorados. Sempre trazendo à flor da pele o que cada um tem de mais marcante, de maneira que o imenso público possa se identificar de alguma forma com algum deles.

 

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